segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Influenza


De perto ninguém é normal. Nem eu. Por isso hoje vou confessar pra quem quiser saber que tenho uma neurose das grandes. Uma neurose que muitos já me disseram não ter fundamento, mas como está no plano das neuroses, esse papo de fundamento fica pra trás: tenho pavor de friagem nas crianças. Não somente da friagem no inverno, com suas temperaturas baixas. É algo maior, independentemente da estação do ano. Pode ser uma ventania prenunciando uma tempestade no verão, ou uma simples brisa de outono. Seja o que for, friagem pra mim é sinônimo de criança doente, o que por sua vez também me tira do eixo, mesmo sabendo que ciclos de doenças são importantes para o amadurecimento do organismo deles. Deixa pra lá, não tentem entender, porque eu também não sei explicar. Só sei que para evitar este meu desconforto vale tudo: bagagens enormes, cheias de opções de roupas, para passeios longos ou curtos; gorros na bolsa, no caso do clima mudar bruscamente; checar, de tempos em tempos, se a criança está gelada (rsrsrs); jamais deixá-los com blusas que expõem o peito; sorvete? Só no calor extremo. Tadinha de mim, às vezes concluo. Tadinhas das crianças, todos devem pensar. Mas essas coisas que parecem maiores que a gente, são difíceis de mudar viu! E olha que já tentei modificar esse padrão, o que requer um esforço mental daqueles. Imaginem só a proporção que a neurose tomou com essa pandemia paranóica da gripe A. Preciso dizer que ainda não mandei minha filha mais velha pra escola?

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