terça-feira, 29 de setembro de 2009

Mamãe Bombril


Tá na lista de compras pra casa. Uma embalagem de Bombril. Pausa pra reflexão, enquanto seguro o pedaço de papel com a letra quase indecifrável da Benê. Eu sou uma esponja de aço! Mil e uma utilidades...e talvez um pouquinho mais. Já não sei em quantas posso me desdobrar neste incasável dia-a-dia. Mas é bom viver assim, cheia de coisas pra fazer, deixando um pouquinho pra amanhã, curtindo um tantinho do hoje. Bom é ver que a gente vai sempre pra frente. Bom é entrar aqui e ver que já passamos dos mil e um acessos! Obrigada, obrigada, obrigada...

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Esclarecendo a ausência

Ai, que saudades daqui...

Tô atrapalhadona...semana de adaptação do Leo na escola, música pra terminar, gravação pra retocar...prometo postar algo interessante em breve!!!!

Beijos.

domingo, 20 de setembro de 2009

Unindo forças


O verde se foi, e com ele um pouco de nossa alegria também. Diariamente, ao passar pela área que em breve abrigará o Alphaville Granja Vianna (um paradoxo, não acham?), sinto doer meu coração. Na enorme porção de terra exposta, vive a lembrança tão recente de um verde lindo, de Mata Atlântica, com bichinhos de muitas espécies, alguns em extinção. Um verde que em poucos dias foi violentado, exterminado, sem chances de se defender. Um verde vasto, protetor, um verde de todo brasileiro, que jamais poderia ser comprado por ninguém.
Indignada, fui à procura de pessoas afinadas com minhas idéias, que não deixariam este episódio passar em branco, de mãos cruzadas. Encontrei um grupo que, apesar de heterogêneo, tem o foco muito claro em defender o verde que nos cerca. E, assim, depois de algumas reuniões, foi desenhada uma passeata muito pacífica, contra os atuais predadores da última grande área verde que meu bairro possuía. Um protesto contra os incorporadores, contra o governo que permitiu essa violência, contra futuros agressores, que ouviram nosso recado bem dado na manhã de ontem.
Foi indescritível a sensação de ver tantas pessoas na rua, famílias inteiras, unidas por uma causa tão séria, fazendo barulho, mostrando a cara, fazendo o mínimo que todo cidadão deveria fazer: defender o verde. Andamos pela principal avenida da Granja, paramos em frente ao stand de vendas do empreendimento, deitamos no asfalto, vestidos de preto e com máscaras de animais - num ato simbólico em referência à morte de muitos bichinhos -, fizemos um minuto de silêncio, todos se emocionaram. Observados pela araucária que restou de toda a devastação, seguimos noss rumo, leves, felizes, conectados com a natureza. Muito ainda temos por fazer, a luta ainda é grande, sabemos da existência de muitos outros empreendimentos predatórios na região. Mas o ponta pé inicial foi dado. E essa história não vai parar por aqui! Um abraço fraterno em todos os amigos do Movimento em Defesa da Granja Viana.

Obs.: foto de colagem que eu, Leo e Olivia fizemos para a passeata.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Garoto Supersábio

Crianças na sala de aula, ouvindo uma história da professora, enquanto esperam o momento da saída. Uma mãe chega (euzinha aqui), toda empolgada, querendo voltar no tempo de qualquer jeito, vira pros meninos e diz:

"Quem está aqui não é a mãe da Olivia. É uma agente secreta".

Rapidamente o grupinho masculino entra na brincadeira. Uns querem me acompanhar na missão, dizendo coisas do mundo dos agentes secretos. Outros sacam armas fantasiosas, apontam pra mim, achando que sou uma espécie perigosa e inimiga. Pra me sair bem, mando essa:

"Não sou mais agente secreta, gente. Sou a Mulher Maravilha. Olhem a minha capa de super heroína (o moleton amarrado na cintura)!"

"Mas Mulher Maravilha não tem capa!", André sabiamente me alertou.

"Ops, é verdade, André. Mas agora eu nem Mulher Maravilha sou mais. Sou, na verdade, a Garota Supersábia. Olhem meu escudo colorido (meu guarda chuva a tira colo)!"

"Mas a Garota Supersábia não tem escudo, Dani!", prontamente André se manifestou, com uma certa dose de indignação.

É. Nada simples dialogar com garotos supersábios...

Quem vem aqui?

"Mamãe, quero que alguém venha aqui em casa hoje".

"Hoje não dá, filha. Mas amanhã você não sabe quem vem..."

"Quem? Quem?"

"Hummmm...alguém de quem você gosta muito..."

"Fala, mamãe!"

Suspense. Logo depois muita animação:

"Vo...vó...Ro...sa...naaaa!!!!!!"

Silêncio absoluto. Nenhuma reação positiva.

"Ahhh...eu queria que viesse uma criança, pô!"

Ataque de riso. Ela não gostou muito...

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Quando a intenção é das melhores


Era algum dia perto do final de janeiro. Ano de 2008. Eu tinha acabado de trazer o Leo ao mundo, estava bem doida, sem dormir. Recebi um e-mail da mãe de uma amiguinha da Olivia para ir à festinha de aniversário dela, em plenas férias. Achei interessante. Uma oportunidade de conhecer melhor os pais das crianças (Olivia tinha acabado de entrar na escola), sair de casa, dar um tempo naquele círculo vicioso amamentar-trocar-descansar (sim, é gostoso, sou a favor do aleitamento, mas tem hora que a gente cansa), e, principalmente, viver um momento feliz a sós com a primogênita. Ela não sofria de ciúmes, mas sentia falta da exclusividade, é claro. O irmão era um "Zé do Peito", mamava de duas em duas horas, então, dá pra imaginar o malabarismo que tive que fazer para que a saída fosse um sucesso. Tirei energia não sei de onde para me produzir um pouco (a vaidade fica comprometida no pós-parto), comprei presentinho, troquei a pequena, linda e ansiosa num vestido vermelho.
O plano era o seguinte: dar de mamar e sair correndo. O Otavio ficaria dando umas voltas de carro pro Leo dormir, enquanto a gente curtiria a festa um pouco. A noite estava chuvosa, não desanimamos. Eu, curiosamente, me apeguei ao evento de maneira atípica. Ele representou a primeira olhada pro mundo depois de dez longos dias em casa. Subimos as escadas do buffet. O som rolava alto e animado lá dentro, a criançada corria, os garçons também. A euforia do "chegar" na festa, somada a uma provável falha oftálmica (enxergar de longe requer muita concentração), não me deixavam reconhecer ninguém. Nenhuma criança, nenhum adulto. Minha filha queria sair correndo pra brincar, "espera um pouco, só vou perguntar uma coisa pra moça aqui... o quê? Não é a festa da Isabele?". Não, a festa da Isabele tinha sido dois dias antes. Cansada, quis chorar como uma criança, havia muito hormônio doido de plantão torcendo para que eu desmoronasse. Mas me segurei, não pegaria bem, então expliquei pra Olivia o engano com a data que até hoje não sei como foi acontecer. Só sei que foi de dar dó, de mim, da Olivia, em igual proporção. Nós, de pé, na porta de entrada (chovia, lembra?), esperando o papai chegar pra nos buscar, no limite da frustração com a diversão. Olivia em pé, quietinha e murchinha, com o presente quase arrastando no chão. Para amenizar o desconsolo, deixei que ela abrisse o pacote lá mesmo. Quando o papai nos viu, caiu na gargalhada. Mais tarde, já em casa, a pequena só quis saber de brincar com o novo brinquedo. E até hoje, quando passamos em frente ao buffet, faz questão de me lembrar do episódio.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Alguém notou?


Ontem corri cortar o cabelo, numa necessidade enorme de mudar e marcar minha nova fase "atleta" (quanto esforço pra perder um quilo!!! Mas isso fica para um próximo post). Como um "Sansão às avessas", de tempos em tempos preciso ver o chão do salão ser coberto pelos fios que lentamente se separam de minha cabeça. E então fiz um corte radical. Voltei pra casa satisfeita, naquela euforia pós-salão, apesar de saber que esse visual, sob meus cuidados, jamais ficará sempre assim, lindo, digno de uma celebridade. Cabeleireiros parecem ter varinha mágica, não? Enfim...o dia foi corrido como sempre, acabei capotando na cama de cansaço, antes de meu marido chegar. Isso é comum aqui em casa. Hoje de manhã nos encontramos, atualizamos as novidades no café da manhã. Eu confesso não ter lembrado de mostrar meu novo cabelo, era muito cedo e a mudança estava muito recente. E o Otavio, ainda com cara de sono, não reparou no corte. Conversamos no caminho, "o dia vai ser longo", "olha esse ônibus correndo", "o que faremos no feriado", amenidades. E ele, concentrado ao volante, mal olhava pro lado. Resolvi cronometrar o tempo em que ele ficaria assim, alheio e distraído. Deixei a Olivia, ele ficou no carro, estava chovendo. Toquei a campainha, fiz minha piadinha matinal com a funcionária da escola e ele, ouvindo as notícias no rádio, continuava sem perceber nada. Estacionamos na academia, fui andando à frente, mexendo propositalmente nos fios curtos que restaram, dando oi pra um e pra outro e ele, talvez deslumbrado com o verde à nossa volta, nada via. Hilário. Eu ria por dentro. Incrível essa capacidade, ops, incapacidade em enxergar os detalhes (era um detalhe apenas??), "qualidade" que muitos homens têm! Entramos na sala e ele correu pra esteira. Ao guardar minha bolsa, ouço uma voz dizendo "nossa, Dani, que legal ficou seu cabelo!". Pausa. Era o professor da academia!!! Preciso descrever o resto? O Otavio, lentamente se virando, e só então constatando o "tapa que dei no telhado", visivelmente sem graça. Uma amiga, presente no momento, caindo na gargalhada. O professor, um pouco envergonhado, saindo de fininho. E eu? Em cima da bicicleta, seguindo meu rumo, livre e leve. Simplesmente cortei meu cabelo pra me sentir melhor, sem esperar a aprovação de ninguém. Ainda bem!

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Oba!

Começar setembro com 800 acessos é muito bom! Obrigada a todos! Em breve mais um post fresquinho...