domingo, 5 de abril de 2009

Quando fui ecologicamente incorreta


Os meus finais de semana são sempre uma surpresa. Dispenso a ajuda que tenho nos dias úteis e me dedico exclusivamente à criançada. Na maioria das vezes não é tarefa tão complicada, pois conto com a ajuda do maridão (gente, "ajuda do marido" é um tema polêmico, depois dedico uma postagem somente pra isso), principalmente nos momentos de "pico", carinhosamente batizados de "horas do espanto". Só que ultimamente tem sido frequente a ausência do Otavio, por motivos profissionais, e eu venho me desafiando a não ligar pra nenhum parente pra me socorrer. Então, com os mesmos dois braços e duas pernas que qualquer outro ser humano possui (já desejei muito ser um polvo nessas horas), fico sozinha com duas crianças pequenas. Um garotinho cheio de energia e manha, que não quer desgrudar de mim nenhum segundo, no auge de sua curiosidade acerca de qualquer buraco, som e luz que apareçam na sua frente; e uma garotinha meiga e compreensiva, que ajuda na medida do possível, mas é criança, sente ciúmes e também quer momentos de exclusividade com a mamãe. E é nessa configuração que a gente tem que inventar maneiras de driblar os contratempos. 
Sábado tinha almoço na casa de uma amiga, domingo na casa de parentes, ou seja, eventos que pediam figurinos mais ajeitados (nada de moleton, chinelo e camisetão, básicos do dia-a-dia de uma mãe sozinha) e, obviamente, um banho antes. Hum. Como? Em primeiro lugar, todos juntos no banheiro, que teve sua porta trancada e o chão forrado de brinquedos. Eu virei uma vitrola (ops...iPod!), cantando animadamente os "Top 10" do repertório infantil. Mas não demorou muito pro Leonardo perceber que a voz vinha de dentro do box, o que desencadeou um surto de desespero. Colocando-me no lugar dele, vendo minha mãe atrás de um vidro embaçado, talvez eu pensasse que um extraterrestre estaria tentando abduzí-la. Pensei, pensei, pensei e resolvi (num momento genial à la Pinky Dinky Doo) pedir pra Olivia entregar a ponta do papel higiênico pro irmão brincar. Sucesso total. Nas duas vezes em que precisei tomar banho nessas condições, a estratégia funcionou perfeitamente. O chão ficando branco, o Leo compenetrado e enrolado, a Lili dando gargalhada. O problema que eu estava criando com isso, abrindo o precedente para ele brincar com rolos por aí, seria solucionado depois, o importante era eu ficar cheirosa.
Só que mais tarde bateu aquela culpa, pois dei conta de meu ato completamente anti-cidadão, desperdiçando dois rolos inteiros num único final de semana!!! Poderia ter tentado outras soluções, como colocar a criançada comigo no banho, numa festinha molhada, ou mesmo deixar de enxaguar os cabelos (eles poderiam ficar presos, quem notaria o xampu grudento?). Não, fui pra solução mais prática, custasse o que custasse. Lamentável. Mas quem nunca fez uma dessas, que atire uma barra de sabonete em mim!

2 comentários:

Guta Lepste disse...

Oi flor gostaria de convida-la a conhecer meu blog e site de bolsas e acessórios www.mafolie.com.br
Espero q goste :))))
bjokas guta

pedromarianoavoz disse...

ahahaha to rindo muito. O mais pratico, era realmente banho coletivo, com certeza! Mas, realmente essas coisa acontecem. Euzinha aqui quando paro pra pensar em algumas coisas que faço...hum melhor não falar.
bjs
Neli