terça-feira, 28 de abril de 2009

Maio com céu de brigadeiro


O mês das mães desponta no horizonte com muita coisa pra acontecer...muita festa, muito trabalho e muitas histórias. Que ele venha como o sol brilhante de um céu de brigadeiro, cheio de luz.
E por falar em brigadeiro, pra fechar abril com chave de ouro, temos a ilustre, honrosa e doce presença de minha mãe narrando um dos momentos mais engraçados de minha infância. Com a palavra, Vovó Rosana:

Adoro preparar quitutes para minha família...sempre foi assim. Tenho prazer em ver a satisfação que outras pessoas sentem quando saboream meus pratos. Mas eu também gosto do que preparo...não consigo cozinhar algo de que não goste. Isso não existe pra mim! Se não gosto não faço, e quando faço...como! Sou do tipo mãe lata de lixo. Sempre comi os restinhos dos pratos das crianças. A Gabi, minha filha menor, quando pequena comia pouco, me deixava apavorada e eu vivia inventando novidade para que ela não morresse de fome. Foi num desses dias que resolvi preparar brigadeiros. Afinal, toda criança gosta e não poderia ser diferente com ela.
Prontamente e com muita dedicação preparei os tais docinhos. Sentindo o maravilhoso perfume exalando da panela, Dani e Gabi correram para ver o que mamãe estava fazendo. Rapidamente eu enrolava os docinhos, nem passava no chocolate granulado, e elas saíam correndo pela casa comendo, falando, rindo, bailando entre a sala e a cozinha carregando os brigadeiros na mão. Uma festa!
Aos poucos a visita à cozinha foi diminuindo e concluí então que as pequeninas satisfeitas já se distraíam com outra atividade. Saindo da cozinha, porém, deparei-me com vários docinhos espalhados pelo corredor. "Foi a Gabi!", pensei. Inconformada com a idéia de jogar no lixo os doces que tão carinhosamente preparara, recolhi do chão todos  que encontrei e, num impulso que só as mães gordinhas conhecem, enfiei-os com verdadeira gula na minha boca. 
A sequência dessa história é trágica! A Gabi nessa época ainda usava fraldas. Fez uns cocôs do tipo "bolinhas" que caíram da fralda enquanto passeava pelo corredor. Se eu não me comportasse como lata de lixo nunca teria comido o cocô da minha filha!
Acontece...

2 comentários:

João Vitor disse...

adorei o blog mas visite o meu e comente:
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Rosangela disse...

Só mesmo essa maluca...Mas o que a gente não passa ou faz por causa "delas",não é mesmo?
Saudades de ouvir essas histórias pessoalmente...