segunda-feira, 22 de junho de 2009

A festa


Numa tarde convidativa, entre as motocas espalhadas e os brinquedos por hora esquecidos, a mesa de madeira rústica, no centro da larga varanda, era o centro das atenções da turma. Exibia o que de mais apetitoso uma criança pensa existir: salsichas, pipoca, bolinhos, pão de queijo e suquinhos. Irresistível. As mãozinhas ávidas pelas delícias se amontoavam de tempos em tempos sobre as tijelas e sobre os pratinhos. Pequenos animaizinhos cheios de energia devoravam o alimento sem vergonha nenhuma. Um suco derramava aqui, um pãozinho caía ali, e as crianças corriam aqui e ali. Todos tinham pressa de brincar, embora o tempo, naquele momento, parecesse parar. Na retaguarda, as mães observavam o movimento e se divertiam como as crianças. E comiam também, é claro. 
Lá fora alguém deve ter passado e pensado "tem festa rolando". Os gritos infantis e as gargalhadas adultas tornavam isso óbvio. Era realmente uma festa. Mas não qualquer festa. Era a melhor festa infantil que já fui em minha vida. Simples e singela, tendo o céu delimitando o espaço e os passarinhos como trilha sonora. Uma festa decorada com o verde das folhas dos Agapantos, das moréias, da grama-amendoim. Sem frescuras, sem exageros. Uma festa com gente chegada. Leve, aconchegante, que fez meu coração sorrir de verdade. Uma festa como as de antigamente, artesanal, no quintal. A anti-festa em buffet. Enfim, uma festa que realmente fez valer a sua definição no Aurélio: "reunião alegre para fim de divertimento". 
Em breve devo organizar a festinha da minha pequena. E a festa do André, que ficou inesquecível, é o meu modelo. Quem sabe chego lá. Maricy, posso imitar aquele bolo de cenoura e chocolate com mm's (que você pacientemente colocou, um a um, sobre a cobertura)?

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, adorei muito seu blog, me inspirou...me motivou...me alegrou!! Parabéns!
Viviani