quinta-feira, 4 de março de 2010

Meu silêncio!


Gosto deste silêncio da noite
que faz a casa ficar grande
e que ecoa os meus sonhos mais distantes.

Um silêncio perfeito,
tão preciso quanto a fluidez de meu sangue,
que percorre os cômodos, as frestas, as estantes.

É um silêncio meio solitário
que me acalma,
que me liberta das armadilhas da alma
e me faz descansar,
mesmo que os olhos se abram.

Gosto da ausência do som,
da privação da fala,
da contenção de ruído.
Pois ao longo do dia já excedi os limites
da voz e do ouvido.

Gosto deste silêncio aconchegante
que me dá a certeza de que tudo corre bem.
As crianças dormem,
Amém.

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