quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Sorrisos contra o desânimo

Tô sem scanner. Perdi numa tempestade aqui em casa a minha multifuncional. Tristeza. Tantos desenhos novos e lindos que a turminha fez por aqui, e não posso postar unzinho sequer. Desanimei, confesso. Mais ainda desanimador foi quando tentei correr atrás do prejuízo com a Eletropaulo, uma piada. Portanto, estou providenciando nesta semana um seguro pra casa (é, eu não tinha seguro), um pouco afundada em tarefinhas domésticas. Louca, como sempre.
A boa notícia é que meu cacto, feliz com seu poema, resolveu me brindar com mais dois brotinhos lindinhos. Sorrisos espontâneos que nos lembram que simplificar as coisas é o que vale. Por isso vim dar um "oizinho", mesmo sem uma figura pra ilustrar (muitas vezes delas eu tiro inspiração). Hoje é dia de natação, a tarde está tomada. Até mais, macacada!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Ídolo de mãe


Ouvi dizer que eles estariam fazendo um show em São Paulo. Corri pra comprar meu ingresso pela internet e garantir um bom lugar. Curioso ver que hoje um simples "click" resolve tanto. Eu me lembro das filas em bilheterias que consumiam algumas tardes de minha vida. E como era divertido. Hoje, o tempo que se ganha na compra é meio ilusório, dado o trânsito caótico. Enfim. Resolvi que sairia bem mais cedo de casa, e isso não seria um problema.
Na semana do evento fiquei bem ansiosa. Resgatei CDs que há tempos não escutava, e relembrei os antigos sucessos. Uma trilha sonora pertinente ao meu estado de espírito, alegre e leve. No grande dia, aquela euforia. Uma passadinha na lojinha armada pra fisgar os fãs mais vulneráveis que, como eu, compraram camisetas e acessórios. Fui cantarolando até o lugar, que realmente era bom. Bem centralizado, para eu sentir o som equilibrado. "Começa! Começa!", gritei pra engrossar o coro. E então as luzes se apagaram. Uma pista foi aberta pra quem quisesse dançar e pra lá eu fui. Bem pertinho deles, no gargalo, cantando e dançando, suando e gritando. Com as crianças a tira-colo. Sim, Olivia e Leonardo foram comigo. Vivenciaram essa magia de conferir um show de música numa grande casa de espetáculos. Não, não fomos ver nenhum astro do pop, dinossauro do rock ou lenda do jazz. Fomos curtir os ídolos que qualquer mãe adota como seus, desde que se jogue de corpo e alma no universo de seus filhos. Sandra Peres e Paulo Tatit, do Palavra Cantada, são os responsáveis por esta tarde memorável.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

De volta



Não. Não voltei de férias hoje. Já faz um tempinho que a rotina voltou ao normal. A rotina da casa, da escola, das tarefinhas. Tanto pra organizar que não consegui fôlego pra abrir o berreiro. A justificativa é justa. Estou sem babá a partir de 2010. Consegui a alforria mas, como tudo na vida, isso tem um preço. Muito pouco tempo me sobra para fazer uma coisa que amo, desabafar aqui pra vocês. Portanto, pelo bem das crianças, por enquanto teremos que nos acostumar a uma frequência menor de postagens. Eu disse por enquanto. Temos um longo ano pela frente! E brindarei minha volta com um poeminha recém saído do forno. Sobre uma flor incrível que vimos brotar aqui em casa (olhem as fotos!), assim que chegamos de viagem. A flor do cacto.

Congelei em píxels

O clímax de um cacto

Súbitas pétalas,

Que belo espetáculo!


Um sorriso que aplaca

A aridez do tato

E poliniza a alma

Na breve madrugada


Amanhecem cansadas

As brácteas valentes

E recolhem-se, como de praxe

Até a próxima jornada


Mas permanecem eternas

Na cicatriz do caule

Na solidão do vaso

No som da palavra