terça-feira, 3 de novembro de 2009

Nosso feriado


Acordo mais cedo, em pleno feriado. Preparo o café balanceado e corro tomar um banho de cinco minutos pra refrescar. A manhã já está quente e ensolarada, o dia promete. Preparo a mala da viagem. Vamos todos ao zoológico de Sorocaba. Mais perto, mais vazio, mais limpo (valeu pela dica, Dé!). Separo toalha, protetor, duas trocas de roupa, lanchinhos, lencinhos, fraldas, carrinho, muita água, boné. Sabe como é, a gente tem que ser prevenida. Pelo menos tentar, no meu caso. Acordo a criançada fazendo festa, "hoje vamos ver o leão e o elefante!!!", mas por enquanto a festa é só minha. Eles têm sono. Demora um pouco até conseguirmos sair de casa. Com vocês também é assim ou eu sou atrapalhada demais? Pé na estrada, tudo livre, vamos ao som de Al Jarreau. Eles curtem. Fazia tempo que não ouvia sua versão ao vivo de Take Five. Demais. O ar condicionado não quer dar conta do calorão lá de fora. Mas o verde à nossa volta nos conforta. Que caminho gostoso, apesar das lombadas (pegamos a Raposo Tavares)! Os dois dormem um pouco, e a gente chega em paz. Nessa hora faço mais uma festa, "chegaaaamoooosssss", e eles não dão bola. Se o pique continuar assim, o passeio terá parcos pontos no "ibope". Tudo bem. Pelo menos não teremos desembolsado grandes valores, pois no interior os preços mudam. Nada daqueles estacionamentos assaltantes de São Paulo, que querem tirar tudo de nossa carteira. "Oito reais, não importa o tempo que ficar", diz timidamente o funcionário, com receio de que achemos muito caro. E a entrada do parque/zoo, insignificantes três reais (criança até nove anos não paga)!
Cheio de árvores, com saguis e garças passeando sobre nossas cabeças, o zoológico é realmente especial. Tem de tudo. E muito conforto. De tênis no pé, andamos sem parar. Mas o Leo, sentado no carrinho, só quer saber de chupar o dedo. E a Olivia, em pé na parte de trás, só quer tomar sorvete. Ainda assim, tento levantar os ânimos. A cada bicho que avisto, faço uma nova festa. Empolgada, tento um diálogo selvagem com eles, imitando seus sons. E só o que consigo com isso é notar os olhares espantados dos visitantes, que não sabem se é pra rir ou ter pena de mim. Porque os bichos mesmo nem me ouvem. Estão escondidos do sol, em suas tocas, em suas sombras. E por conta disso não vemos nenhum de perto. Paciência. O calor está realmente demais. Então, depois de muito exercício físico, com o suor escorrendo pelo corpo e as crianças inquietas, eu e papai tomamos a sensata decisão de voltar pra casa. Já no carro, meu telefone toca. Recebemos um convite para passar a tarde dentro de uma "Regan". A criançada se anima. Bem melhor que um passeio no zoológico? Nada lógico. Mas a gente tentou. Por eles. E por nós também. Afinal, fazia mais de uma década que não via um elefante de perto...

Nenhum comentário: