Só sendo mágico mesmo...
quinta-feira, 30 de julho de 2009
E por falar em mágica...
...alguém tem mais algum truque na cartola pra dar conta de mais duas semanas sem aula????
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Abracadabra
A maleta dura e preta, um pouco desgastada pelo tempo, está lá, aberta, e expõe algumas de minhas lembranças infantis. Imediatamente volto no tempo. Os sons das gargalhadas adultas, que tanto me intrigavam, ressoam nostalgicamente em minha cabeça. Parece ter acontecido ontem, naquelas animadas tardes chuvosas, regadas a pipoca e refrigerante, que o papai mágico, truque após truque, hipnotizava a criançada boquiaberta. A bola que voava, a moeda que caía da orelha, o arco-íris de crepon que saía da boca. Magia pura e inocente, que guardei pra sempre. E que, de repente, ressurgiu assim, numa tarde também chuvosa, pra espantar o tédio de nossas férias cinzentas.
A cada objeto tirado da maleta-cartola, meus filhos param, parecem não acreditar. Os mesmos truques de tantos anos atrás me fazem gargalhar sem fim, de tão simples e banais, e a gargalhada adulta agora vem de mim. E o mágico, um pouco enferrujado de sua atividade extra curricular, deixando escapar um detalhe aqui e outro ali, faz um gesto desengonçado e os truques ficam mais escancarados, cômicos. Não pras crianças, que fique claro. Pra eles o vovô é um mágico, e não um palhaço. E está repetindo a magia de imprimir na gente uma deliciosa lembrança, certamente eterna.
Mas chegará o tempo em que a empáfia adolescente fará a mesma maleta preta (quem conhece o mágico sabe o quanto ele conserva suas coisas) se esconder em um armário qualquer. Ela provavelmente descansará por longos e vários invernos, quietinha, aguardando, quem sabe, uma futura tarde chuvosa pra ser aberta novamente. Alguns anos depois, revelará novos segredos, emocionará alguns corações e, principalmente, encantará novas crianças, as da quarta geração. E se isso realmente acontecer, se não for um truque de meu desejo, garanto, será um momento exepcionalmente mágico!
segunda-feira, 20 de julho de 2009
Recesso no blog
Criançada de férias, rotina alterada, mamãe bem louca querendo férias também. Nos próximos dias não haverá atualizações no (((berreiro))), estamos de malas prontas para uma temporadinha de bagunça na casa de praia da vovó. Tá bom, se der uma brechinha dou um pulinho até aqui. Mas, a princípio, neste período guardarei meus desabafos, que lotarão as postagens do mês de agosto!
Beijos e abraços.
quarta-feira, 15 de julho de 2009
Para Olivia
O dia amanheceu com uma melodia. Simples, conhecida. Tocada num arranjo angelical. Harpa, cordas, oboé, flautas. E um coro de crianças afinadas como os passarinhos lá de fora. Embalada pela trilha sonora, acordei você com um beijo especial. Longo, genuíno, bem no meio de sua testinha. Uma testinha que conheço muito bem, que já tem até cicatriz, que franze, que estica, que contrai e relaxa, e acompanha toda a expressão de seu corpinho, perfeitamente sincronizado com sua incansável fala. Seus olhos abrem, pretos, enormes e vivos, como duas jabuticabas brilhantes que acabam de nascer. E iluminam seu rosto.A manhã nos abraça e sorri com um sol bem vindo de inverno, e a melodia permanece para que a gente comemore seus mil quatrocentos e sessenta dias de vida. Dias intensos, em que estivemos sempre grudadinhas, amando, doando, doendo e perdoando. E cantando também. Porque cantar talvez seja uma das coisas que você mais tenha feito todos esses dias, minha filha, sem falta. E como isso me encanta! Desde sempre, nos embalos e soninhos, seu gemidinho ritmado se destacava e me espantava. E nos acalmava. Hoje ele está mais elaborado, desenhado, com alturas e divisões. Tem arranjos, palavras, próprias criações. Tem repertório, história, muitas variações. E continua me espantando, claro, pois no seu canto percebo o quanto você cresceu. E como isso foi rápido! Que bom que aproveitamos, afinadinhas, todos os momentos intensamente até aqui! E, se hoje é dia de celebrar, não vamos perder tempo, vamos cantar!"Parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida"!!!
quarta-feira, 8 de julho de 2009
A nossa estrada
Ocupados nas longas madrugadas dentro de um ônibus, conversando sobre tudo, música em especial, olhos nos olhos, despretensiosamente fomos nos conhecendo. E nos apaixonando. O barulho do motor, as luzes em movimento e o balanço nas curvas, que embalavam o sono da maioria, faziam a gente sonhar acordado. Com as máscaras caídas, trocávamos as experiências da vida e projetávamos nosso futuro, sem jamais imaginar que nele estaríamos juntos, que seríamos um casal. O caminho desenhado pelo tempo foi surpreendendo a gente e quem estivesse ao nosso lado. E tudo estava claro, iluminado, como as manhãs de primavera numa rua em Toscana (que vontade de conhecer esse lugar...me leva?).
Não importariam as oscilações ou os buracos do asfalto. Dissemos sim, pegamos a nossa estrada, e nela permanecemos até hoje. De vez em quando uma tempestade faz a gente parar. Tudo bem. Quando o carro dá sinais de que pode quebrar, a gente encosta pra uma revisão. Não tem jeito. Mas se o dia está inspirador, abrimos o vidro, sentindo o atrito do vento em nossas mãos, e sorrimos. Depois de alguns quilômetros rodados, abrimos as portas pras caronas. No banco de trás, carregamos duas crianças e uma cachorrinha. A viagem ficou bem mais divertida. A gente canta, briga, chora e brinca, com as mãos firmes na direção. E eles adoram seguir assim, sabendo que estão seguros, vendo papai e mamãe na frente, revezado o volante. Se o cansaço bate a gente para pra descansar. Normal. Quando passamos uma saída, que diferença faz? Pegamos o retorno, ou não. Porque perder o rumo também é divertido. Estamos todos juntos, afinal.
Com o tempo, nossas ilustres caroninhas vão descer. Cada um vai pegar seu próprio carro, dirigir na própria estrada. Fazer o quê? A gente vai correr atrás, sem nunca exceder os limites de velocidade, porque isso eles vão aprender muito bem com a gente. Ganharemos um aceno de um, uma buzinada de outro, cada um no seu caminho, e nós na nossa estrada de sempre. Depois de mais alguns bons quilômetros, a turma vai crescer. Nora, genro, netos, bisnetos e quem mais quiser. E quando esse dia chegar, provavelmente voltaremos às origens. Desejaremos viajar num ônibus, todos juntos, numa verdadeira bagunça. E talvez, nesta altura da vida, nossa estrada chegue ao fim. Um fim feliz. Eu e você, juntos. Desde sempre, pra sempre.
sexta-feira, 3 de julho de 2009
500 acessos!
Acabei de cantar parabéns com a criançada, entre os papéis picotados e as canetas espalhadas pelo chão, numa bagunça inevitável quando tenho que escrever com eles por perto...
Agradeço aos amigos que entram e me motivam e, principalmente, às crianças que tanto me inspiram!!!!
Assinar:
Postagens (Atom)