quarta-feira, 12 de outubro de 2011

No dia das crianças


No dia de hoje, penso nos meus filhos, mergulho no meu papel de mãe. Mudo. Tento me imaginar criança, olho pro mundo adulto com certa inocência, e não entendo muita coisa. Questiono o complicado, simplifico grandes questões, e muitas vezes não sou compreendida. Recebo as novidades, negocio os limites, mas me perco nas explicações dos outros. Percebo os valores, imito as virtudes, e na mesma medida repito os defeitos. Não sei quando devo avançar, não sei quando devo recuar, não compreendo quando devo me calar. Preciso me sentir segura, preciso receber amor, mereço respeito à minha individualidade.
No dia de hoje, penso nos filhos do mundo, nos pequenos que sofrem. E, ao invés de sacolas cheias de presentes, desejo que os adultos que os rodeiam tentem pensar como crianças, por ínfimos instantes. Desejo que pais, tios, avós e cuidadores sejam capazes de refletir, de buscar a lucidez, de ter muita paciência. Quem sabe, assim, muitos sejam poupados do sofrimento desnecessário.
Feliz dia das crianças, apesar de toda a carga consumista que o 12 de outubro carrega!